303 Festival: Arena Diversidades celebra paridade de gênero e a pluralidade da música eletrônica

A essência do psytrance pulsa com força no 303 Festival. Mais do que nas batidas, a proposta do evento é refletir os pilares da cena alternativa: união, respeito, liberdade e diversidade. 

Dentro desse espírito nasce a Arena Diversidades, o palco alternativo do evento, que chega com um lineup paritário entre homens e mulheres e uma rica paleta de sonoridades eletrônicas — indo do chillout ao rap, do afro-house ao psydub, passando por techno, tech-house, dub e reggae.

A curadoria da Arena é assinada pela dupla Rafaela Fanni, responsável pela seleção de artistas locais, e Reple, nome importante da cena eletrônica brasileira e responsável também pela curadoria do lendário palco Chill Out do Universo Paralello. Juntos, os dois conduzem a Arena Diversidade como um verdadeiro oásis sonoro que conecta gerações, gêneros e culturas.

Um palco em que a música é múltipla

Com mais de 60 nomes, a programação da Arena é um convite à descoberta. No lineup, nomes como o paulistano Gus Caram, DJ com passagens por festivais como Universo ParalelloCoala Festival e TribalTech, entregam sets que transitam entre house, brasilidades, batuques africanos, guitarras de blues, harpas orientais e chill-out. Já a catarinense Anayá constrói sets como colagens vivas de suas vivências: reggae, dub, brasilidades e batidas periféricas se entrelaçam em sua sonoridade.

Direto de Belo Horizonte, João Nogueira traz a energia inconfundível do Masterplano, coletivo underground que sacode a capital mineira. Seu som é pura alquimia entre gêneros, levando o público em jornadas sensoriais inesperadas — sempre com um toque de irreverência e um café da manhã de pista aqui e ali.

Quem também promete criar uma imersão sonora inesquecível é Rai Duran, paulista que une techno progressivo e psicodelia com a sensibilidade de quem também é instrutora de yoga. Seus sets são construídos para serem experiências completas de corpo e espírito.

Mentes e corações que movem a cena

Reple é um verdadeiro conector de artistas, ritmos e territórios. Com mais de 13 países na bagagem e apresentações em festivais como Fusion (Alemanha), Wonderfruit (Tailândia) e o próprio Universo Paralello, ele traz para o 303 Festival uma visão global da música eletrônica com raízes profundamente fincadas na América Latina. Seu trabalho de curadoria em festivais como o Rock the Mountain e o MOV Festival também o consagrou como um dos nomes mais inquietos e relevantes da cena nacional.

Já Rafaela Fanni, também conhecida pelo projeto artístico ORA, foge de convenções com sets não binários que misturam tribalismo, organicidade e intensidade progressiva. Com mais de dez anos na cena, ela é uma força vital nos eventos do Sul do Brasil, transitando entre clubes e festivais com igual desenvoltura.

Paridade de verdade e energia de sobra

Outros nomes que podem ser citados são os de Biassus, DJ com carreira internacional sólida e uma leitura de pista afiadíssima, e Simone Sissi (Mosaico Fluido), que abre a Arena com uma seleção de chill out refinada e emotiva. Ambos já são parceiros de longa data do festival.

Com uma proposta curatorial que valoriza a equidade de gênero, a experimentação e a conexão, a Arena Diversidades é o coração aberto do 303 Festival — e está pronta para bater forte.

Por assessoria

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