A ideia de trazer para o Brasil o projeto de música eletrônica do britânico Alan Wilder (foto) partiu de um pequeno grupo brasileiro de fãs, e com um gosto musical muito peculiar. Driblando o atraso da informação musical nos palcos do país, que por um bom tempo receberam as bandas e artistas viáveis apenas nas mentes de boa parte da elite fonográfica e do entretenimento, a mobilização independente de fãs tem escrito recentemente as primeiras páginas de sucesso nesse novo capítulo de shows no país.
Esta será a única data brasileira da turnê “Selected Events 2010”, que se estende também pela América Latina – Chile, Argentina, Perú e Colômbia. A única e exclusiva apresentação em São Paulo será no dia 10 de novembro, no Inferno Club. Localizado na efervescente região do Baixo Augusta, o espaço é voltado para shows de bandas do circuito musical independente e, de uns anos pra cá, tornou-se um dos principais pontos de convergência da cultura eletrônica alternativa brasileira, recebendo a performance de diversas bandas nacionais e internacionais.
Sobre o Recoil
O projeto nasceu em 1986 paralelamente a gravação do disco “Black Celebration” do Depeche Mode, o quinto na discografia da banda – e o quarto com a presença de Alan Wilder. Com uma orientação sonora mais experimental (e menos comercial) em relação às composições do Depeche Mode, o Recoil gravou até hoje seis álbuns de estúdio; alguns deles notáveis pelas parcerias e influência exercida no trabalho de outros artistas.
Por Luis Depeche