Dre Guazzelli e a positividade de seus 18 anos dedicados à música

Por redação

Foto de abertura: divulgação

Colecionando milhares de apresentações ao redor do globo, dezenas de músicas lançadas, projetos socialmente beneficentes, sua própria label party e incríveis 18 anos de carreira, Dre Guazzelli completou recentemente 36 anos de vida, sendo metade dela dedicada à música.

Sempre carregando energias positivas e o dom de enxergar o melhor lado de todas as situações, Dre conversou com a House Mag e nos detalhou sobre suas – quase – duas décadas de pistas, amizades, natureza, muita música, muito amor e agora dando continuidade a mais uma fase de seu projeto: as produções autorais. Confira!

HM – Nos seus 18 anos de carreira, você acredita que viver essa pandemia foi a fase mais difícil? Como tem passado esse período?

Foi a fase mais difícil porque foi sem aviso prévio [rs], mas certamente a mais desafiadora. A grande habilidade é pegarmos o melhor de cada situação, mesmo sendo imprevisível. Levando isso em consideração, aproveitei para intensificar a prática de yoga, meditação e também a utilização máxima possível do estúdio. Antes da pandemia eu tinha quatro músicas próprias, hoje, após 16 meses, tenho 40! Depois de 18 anos aproveitando, fazendo festas e tocando em diferentes pistas pelo Brasil e mundo, chegou a era das produções autorais!

HM – Você está comemorando 36 anos e 18 anos de carreira ao liberar sets relacionados aos seus projetos “Colorssessions”, “Medretation”, “Wondreful” e “Drelirium”. O que você pode falar sobre essas suas diversas facetas artísticas?

Cada set é feito para momentos diferentes e que fazem parte da minha vida. Ao acordar, pratico yoga com o “Medretation”; para uma viagem de carro ou para escrever projetos ouço “Wondreful”; pratico esportes ou faço esquentas com os “Colorsessions” e, recentemente, criei o “Drelirium”, que também alimenta uma parte mais progressiva do meu amor pela música eletrônica, festas, festivais e infinitos momentos bonitos! 

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HM – Durante todo esse ciclo você, com certeza, passou por diversos e incríveis lugares. Mas, se tivesse de escolher apenas uma apresentação, qual seria e por quê?

Mainfloor ao pôr do Sol do Universo Paralello em 2008 ou o set da UP Club em 2018, sem dúvidas, é impossível escolher um. Lembrando que também já toquei dez vezes em Ibiza e quase todas foram memoráveis, afinal, como não seria? Ao mesmo tempo, ainda temos os quatro anos consecutivos que fui tocar no Burning Man, os sábados Dre Tarde. Uau, até me emociona!

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Foto: divulgação

HM – Sabemos que você tem uma relação com esportes e práticas de exercícios, há várias publicações nas redes sociais sobre yoga, meditação, corrida, kitesurf, dentre outros. De que forma tudo isso te torna uma pessoa e um produtor melhor? 

Antes de um produtor melhor, o esporte me traz presença e paz de espírito, me transformando em um ser humano melhor. Por tabela, isso me ajuda a ser mais sensível em relação ao quê e o porquê produzir uma música ou uma festa!

HM – Da mesma maneira, você está muito ligado às viagens e à natureza. Não tem como pensar em Dre Guazzelli e não imaginar um cenário solar. Mas, mesmo morando em São Paulo, uma selva de pedra, como você faz para se conectar com esse ambiente mais verde? E qual a importância da natureza pra você?

A natureza nos traz para nossa essência e foi na natureza que me apaixonei por música eletrônica e festivais. Um pôr do Sol com uma bela música progressiva e alguém exercendo a arte de mixar com amor, não tem como não se emocionar [rs]! A cidade é incrível, mas a natureza nos leva para outro patamar, mais vivo, mais colorido, mais presente!

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Foto: divulgação

HM – Os seus dreads são uma característica marcante da sua personalidade. E por fotos antigas dá pra perceber que você os usa há muito tempo. A força de Dre Guazzelli está nos cabelos? [rs]

Opa, a força está no coração, os dreads são apenas a ponta do iceberg [rs]! Mas são, com certeza, parte da minha história e imagem. Um jardim da minha cabeça que irrigo com música [rs]! 

HM – Conta pra gente sua história e relação com o Universo Paralello.

Foi lá que sonhei em tocar e ser DJ, conquistei pistas e ganhei mais confiança. Naquele lugar me dei conta que sonhar e compartilhar realmente pode ser um caminho. Foram muitos dos momentos marcantes e saltos na minha carreira que aconteceram lá, tanto internamente quanto externamente! É lá que eu co-existo em cada ação, assim como em outras dimensões. 

HM – Como foi a primeira edição da sua label party Dre Tarde? Você se lembra? E qual o planejamento para a festa em 2021/2022?

Sim, lembro como se fosse hoje! Junho de 2015, a ideia era reunir amigos e eu poder tocar por horas a fio sem depender de um contratante externo. Ao invés de tocar por duas horas, comecei a tocar por seis. E como tenho uma empresa de eventos desde 2003, não teria ideia mais genial. O crescimento tem sido orgânico e passamos de 400 pessoas para 4 mil em cinco anos e 31 edições, sendo a última uma semana antes da pandemia chegar, dia 7 março 2020.

HM – Dre, sabemos que você é um artista além da música, que se preocupa muito com a saúde, consciência, sustentabilidade. Como enxerga o mundo que estamos vivendo agora? O que falta para evoluirmos?

Falta menos ego e mais ação. Menos ter e mais ser. Menos foco no umbigo e mais na ajuda mútua. Menos reclamações e mais sorrisos.

HM – O que você diria para o Dre de daqui 18 anos?

Acredita, entrega, aceita e agradece porque a vida é louca, mas faz sentido. Colherás o que planta.

HM – Qual legado você quer deixar à música eletrônica? 

Amor ao próximo. Amor pelo momento presente. Amor infinito. Amor eterno por Ser.

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