Belo Horizonte é uma cidade conhecida por exportar grandes talentos para a música brasileira e por ter um movimento cultural muito aquecido e engajado.
Na música eletrônica não é diferente, a cena alternativa da capital mineira sempre movimentou bastante as noites da cidade principalmente pelos coletivos que estão na linha de frente.
Confira abaixo 9 coletivos de BH que fazem a terra do pão de queijo cada vez mais eletrônica.
- Mientras Dura
O coletivo Mientras Dura foi criado em 2015 por Breno Barreto e Yonada Santos e ao longo de quase uma década de estrada já trouxe diversos artistas internacionais e grandes nomes da cena alternativa brasileira. Mientras Dura já cruzou o oceano e se apresentou em clubs da Alemanha, França e Portugal, além de outros estados brasileiros. O movimento organiza também seu bloco de carnaval ‘’Tryo’’ e a festa ‘’Mandarina’’ que é mais voltada para o house.
- Masterplano
Também criada em 2015, a Masterplano foi uma ideia que surgiu em um grupo de Facebook entre amigos para representar a vida na cidade de Belo Horizonte. O núcleo foi projetado para vir na contramão do que se via na cena eletrônica na época. Dando espaço para mais negros, LGBTQIA+ e DJs e artistas jovens a Master se tornou uma referência na vida noturna belorizontina.
- Love/Paranoia
O coletivo Love/Paranoia surge em 2017 pelos DJs Fabss, Ragazzi, Mel e Bright Clouds como um site de reviews. Em pouco tempo se transformou em um movimento de festas, mini festivais, lançamentos de faixas e sets e já chegou a realizar seu próprio bloco de carnaval.
- 1010
Idealizado em 2015 por OMOLOKO, Thyer, Flávio Albin, Izabela Egídio e Marcelo, a 1010 foca no desenvolvimento e pavimentação da cultura urbana. O coletivo já realizou uma edição em parceria com a Boiler Room no centro da cidade e foi importantíssimo para a formação da cultura clubber que há hoje na capital mineira.
- Red Room
Fundada por Theuss e Rod Brito em 2021, a Red Room nasceu inspirada nos clubs europeus. A marca, em 3 anos de vida, já contou com nomes como Emanuel Satie, Facundo Mohrr, Âme, Dorian Craft, Glowal, Kristin Velvet, Jan Blomqvist. A curadoria busca sempre sair da caixa e entregar uma experiência imersiva aos clubbers com soundsystem de extrema qualidade. Em 2023, o coletivo abriu sua própia gravadora.
- TREMBASE
Surgido em 2019, a TREMBASE se espelhou nas tradicionais Masterplano, 1010 e Mientras Dura para emergir o movimento. Formado por sete produtores, o coletivo transita do house ao disco, passando por sonoridades brasileiras e transitando por estilos inovadores. Os eventos são sempre pensados em uma crítica da sociedade contemporânea em que tudo se encaixa. O cenário, as músicas, os artistas, as decorações e intervenções artísticas.
- Tumulto
Fundado em 2022 por Bonina, Cafezin, Famynta e Kabulom, o Tumulto nasce com intuito de chacoalhar as estruturas da comunidade. O objetivo é relembrar que a música eletrônica tem origem afro-africana e que tenha a cor de seus criadores. As sonoridades predominantes são o techno, funk, afrobeat e o house.
- Baile Room
Kingdom, VHOOR, D.A.N.V e VKKramer fundaram a Baile Room em 2018 visando apresentar ao público novas sonoridades, expandindo assim a música eletrônica periférica. O coletivo, por trabalhar diferentes gêneros em suas festas, acaba por atrair atenção de uma grande parcela da juventude de Belo Horizonte durante suas quase 30 edições.
- Rua do Bass
Movimento criado em 2015 para expandir a cultura do Drum’n’Bass nas ruas de Belo Horizonte, principalmente nas periferias. O coletivo realiza eventos gratuitos e já teve edição no icônico Deputamadre com o grande DJ Marky, lenda do segmento em todo o mundo.
Por Adriano Canestri