Foto de abertura: divulgação
Classmatic vem com som novo para aquecer as pistas mais uma vez. A ocasião é mais do que especial, já que “Catuca” é a primeira faixa da coletânea Cuttin’ Headz Presents Episode One. Não bastasse este selo ser comandado por um dos mais queridos duos do house internacional, o The Martinez Brothers, esse lançamento coloca Classmatic ao lado de grandes artistas que já lançaram pelo label, como Guti, The Martinez Brothers, Toman, Seb Zito, entre outros.
Representante pleno do tech house a nível mundial, o DJ e produtor catarinense vem chamando a atenção por seu estilo essencialista de produzir, que carrega, acima de tudo e sem distrair o público com muitas firulas, groove e muita percussividade. Isso se repete, é claro, com este novo single, que foi lançado no final de setembro e carrega um pouco da identidade do funk nacional. Falamos com ele sobre este som e sobre o momento que vem atravessando sua vida.
HM – Oi, Classmatic. Grande momento, “Catuca” tá demais! Conta como veio essa ideia, o processo de produção e esse match musical com Mc Th.
Vou falar pra vocês que foi algo muito ‘sem querer’. Eu fiz um beat e resolvi testar um vocal de funk proibidão completamente diferente do que alguém já fez e fiquei até com um certo receio no início de tocar. Tanto é que a primeira vez que toquei ela foi em uma gig em Campinas que eu não tinha passado ela pro meu pen drive e eu perguntei pro Trallez que tinha tocado antes de mim, se ele tinha ela no pen drive porque nós somos muito amigos e sempre trocamos músicas novas. E ele tinha ela. Então, toquei, e vi a reação da pista e desde aquele dia eu sabia que ia ser hit pela resposta do público. A colaboração com o Th surgiu de maneira natural a partir do momento em que alguns vídeos viralizaram no Instagram e o produtor dele veio até mim me convidando pra a gente lançar junto.
HM – Você estreia pelo selo do The Martinez Brothers. Como o duo influenciou na sua música e como se deu esse relacionamento até chegar na confirmação de “Catuca” na Cuttin’ Headz?
Eu sempre admirei muito o trabalho deles, desde os DJs sets até as tracks. O set deles durante a pandemia pela Defected mudou minha vida bem dizer, porque eu nunca vi um set tão impecável como aquele. Me influenciaram indiretamente após eu ter ouvido esse set e, talvez por conta disso, a sonoridade da “Catuca” tenha chegado próximo do gosto deles e, talvez por isso, a aceitação para o lançamento. O relacionamento de a música chegar até eles foi através do meu manager Michael Discenza que é próximo do Steve, do The Martinez.
HM – Como você se relaciona com o funk nacional? Pretende seguir fazendo faixas como a “Catuca” daqui pra frente?
Sendo bem sincero, não consumo muito o gênero atualmente, mas, quando eu era criança/adolescente ouvia muito. Mas, confesso que depois da “Catuca” comecei a gostar mais. Eu não gosto muito de repetir coisas que deram certo. Tento sempre me reinventar e criar algo novo, então acho que por agora, não pretendo não. Estou trabalhando em alguns projetos com compositores e cantores que quero me desafiar. Em breve vocês vão ouvir!
HM – Os últimos dois anos representam uma ascensão acelerada na sua carreira. A quais aspectos do seu dia-a-dia como artista você atribui tal sucesso?
Eu acho que a minha experiência de pista aumentou muito e por isso, hoje, consigo ter mais facilidade em criar algo no estúdio com que eu tenha certeza que vai funcionar na pista. Além disso, o meu bem-estar pessoal é essencial também pra manter minha produtividade em dia. Foquei muito em respeitar meus dias e horários de descanso e quando vou trabalhar foco 200% nos projetos. Os exercícios físicos durante a semana me ajudam muito também a manter a cabeça fresh!
HM – Você fez turnê no exterior recentemente, certo? Conta pra gente algumas coisas interessantes que fez por lá, além das pistas mais quentes das quais você se lembra.
Acho que o que mais fiz por lá com certeza foi networking, principalmente, em Ibiza. Conheci muita gente que só conversava pela Internet e isso com certeza ajuda muito pensando em relacionamentos futuros com pessoas que você não têm muito acesso virtualmente.
HM – 2022 está passando rápido, para você, deve estar mais ainda. Com o fim do ano se aproximando, vem também aquele leve saudosismo. Pelo que você está grato até agora?
Sou extremamente grato e extremamente satisfeito com o meu resultado deste ano até agora. Digo com a maior certeza que foi o meu melhor ano profissional, sem sombra de dúvidas!
HM – Agora, na prática, suas próximas datas; onde seus seguidores podem te ver e curtir seu som nas próximas semanas?
Esse mês tem muita data especial: Warung Beach Club, dois Warung Tours, minha estreia no Air Rooftop em São Paulo, Zoominimal, entre outros. Eu também estou sempre postando minha agenda a cada dois meses no meu Instagram, me sigam lá e fiquem por dentro de tudo!
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