Foto de abertura: divulgação
Autenticidade e interatividade fazem Leonardo e Julia, que formam o duo M.HÜ, percorrerem o caminho constante de suas sonoridades singulares. Suas produções de sets expressivos da House Music ao Techno transmitem interação nas pistas, gerando uma frequência imediata de elementos rítmicos e melódicos, explorando inúmeras possibilidades em suas apresentações.
Hoje, como casal e como duo, criam uma vivência produtiva em torno de músicas feitas para dançar, imergir e revigorar, completando três anos na discotecagem e um na produção.
Curiosamente, Leonardo teve bastante resistência da família sobre a sua decisão de seguir carreira na música, mesmo que já fosse DJ desde os seus 13 anos, ouvindo de tudo e até mesmo produzindo eventos. Já Julia se entrosou desde cedo com saxofone, bateria e violão, o que facilitou o seu pulo para a música eletrônica assim que conheceu Leonardo e se apaixonou pela energia e criatividade da cena.
Cada dia mais perto de lançar, em junho, o seu debut EP, “Alive” – e que a gente aqui já conseguiu ouvir – a dupla demonstra uma predileção sonora multifacetada. “Ao longo dos anos, o que mais nos ajudou foram as pesquisas e os estudos das nossas referências, para mostrar algo novo e inusitado. Criar uma identidade sonora não é nada fácil, estamos em constante evolução e não vamos parar mais de buscar um ritmo novo, um groove para explodir a pista”, eles contam.
“Este lançamento, ‘Alive’, representará a nossa chegada! Realmente estamos focados 100% todo, aprendendo e apaixonando-se cada vez mais pela música, pela qual nos libertamos e nos conectamos com o mundo”, continuam. Com duas faixas originais, “All Stars” e “Nightlong”, o lançamento do EP vai ser na URBAN SOUL Records, de tarter e Kleber.
A respeito da relação com o selo e o processo criativo de produção, o duo destaca: “Após a criação de um single para o V.A da Createch (também de tarter), nasceu uma chama em nossos corações para começarmos a produzir novas músicas com inspirações da nossa vida. A identidade parte de sons orgânicos, percussionistas, bem dançantes, às vezes mais minimalistas, às vezes mais intimistas, ou até mesmo mais versáteis e dinâmicos.
Aplicamos elementos que compõem os clássicos e tendências atuais, mesclando elementos dançantes com muito groove. Não nos prendemos a um único gênero, nossa musicalidade é inovadora, buscando algo surpreendente para o mundo dançar”.
Tal complementaridade entre indivíduos criativos, trabalhando em conjunto e com muitas referências deu certo e passou a chamar a atenção do cenário. Tocando em clubes como D-Edge, Caos e InBali e cumprindo residência em projetos do MD/Accula, as experiências nas cabines dos rolês tendem a aumentar para o duo. O movimento ocorreu forte e a jornada contou com mentores como Rene (Binaryh), Andre Salata, tarter, Ingrid Diniz, Kachas Villamar e Mau Azevedo.
Segundo eles, é sobre fazer sets dinâmicos sem perder o clássico. Ali no front do M.HÜ, portanto, você passa por diversos ânimos sonoros, da hipnose ao minimalismo, desembocando em referências multiculturais e, é claro, a qualidade familiar do soul e do Jazz. “Nós amamos as vertentes e sub vertentes que aparecem por aí, e a música eletrônica underground tem influências em diversas fontes inesgotáveis de música boa”, comenta o duo.