Foto de abertura: divulgação
Uma brincadeira que virou uma aposta ousada que deu muito certo. Este pode ser o resumo da trajetória de “Snogo”, nova collab entre Gabe e Marco Strous lançada no último dia 28, pela Black Book Records de Chris Lake. Ouça aqui.
Bastante influenciado pelo drum’n’bass britânico, o português baseado em Bristol, na Inglaterra, vinha compartilhando sua nova paixão com seu parça brasileiro, a ponto de também torná-lo um fã. Entretanto, a ideia de incorporar elementos do estilo em um novo single surgiu de forma despretensiosa, durante o mês em que Strous parou na casa de Gabe.
“Estávamos trabalhando em mais uma faixa de house, quando eu coloquei de brincadeira um foghorn, que é um som muito usado no drum’n’bass, e caímos na risada. O que começou como uma piada, logo se transformou no ponto central da nossa música”, explicou o gringo.
Gabe também comentou sobre o processo:
“A bateria é uma característica essencial em nosso som. Daí, quando o Marco apareceu com aquela ‘buzina’, trabalhamos bastante a partir dela. Picotamos, afinamos, duplicamos, fizemos um pouco de tudo com os vocais, adicionamos um groove e usamos um sintetizador para manter a levada da track, deixando bem semelhante ao som do UK Bass”.
A dupla curtiu tanto a mistura que decidiu levar a sério o projeto até o fim, mesmo achando, em um primeiro momento, que poderia não vingar.
“Sabemos que não é um som muito comum para o tech house. A gente ficava se perguntando quem iria tocar, até que o Marco pensou no Chris Lake. Ele logo respondeu que tinha adorado e que iria lançar na sua label”, complementou o “Rei da Chinelada”.
E não foi só o astro escocês que amou. Antes mesmo de ser lançada, “Snogo” já ganhou suportes de ícones da bass music britânica, como Skream e Sosa, e feedback positivo de nomes que vão de Jamie Jones e Marco Carola a Tiësto e Martin Garrix — mostrando, para quem ainda insiste em duvidar, que o grande trunfo da música eletrônica é o rompimento de fronteiras.
“Nós amamos o fato de que a ‘Snogo’ mescla ambas as nossas identidades com um amor recém-descoberto por outro gênero”, concluiu Marco Strous.