Por Ágatha Prado
Foto de abertura: Micaell Rodrigues
Kicks de peso, melodias brutais e velocidade que ultrapassa 135 bpm. A assinatura de LuizFribs celebra as vertentes mais densas e industriais do techno, flertando com a estética que invadia os porões do underground noventista: o hard techno.
Com misturas ácidas e synths ressonantes, o DJ e produtor goianiense constrói paisagens sonoras arrebatadoras em seus live acts, sobretudo quando está em companhia de seu violino, chamando ainda mais a atenção aos contrastes de suas melodias.
Com lançamentos através de IAMT, Nin92wo, Kaligo Records, [RE]SET e Autektone, ele também busca referências através do rock e do metal para compor sua identidade baseada no hard techno.
Trazendo à luz uma das bandas do estilo que marcou a geração dos anos 90, LuizFribs apresenta seu mais novo trabalho, um edit do clássico “Killing In the Name”, do Rage Against The Machine.
Resgatando sua bagagem musical com influências do rock e do metal, ele comentou pra gente quais são as 10 bandas que mais fazem parte de seu caldeirão de referências. Para você que é do eletrônico e quer conhecer um pouco mais de rock, é um prato cheio!
“Fala galera! Hoje, a convite do pessoal da House Mag, tenho a difícil missão de escolher 10 álbuns de rock que gosto muito e que influenciam no meu som. Pra quem não sabe, rock é um dos meus estilos favoritos de música e posso afirmar com certeza que é o que eu mais consumo no meu dia a dia, então escolher apenas dez não foi uma tarefa fácil! [rs]
Preferi deixar a lista em ordem alfabética, porque sou da ideia de que música não se ranqueia. Segue o fio:
– AC/DC – “Powerage” (1978)
Se tratando do “AC”, gosto mais da fase pré-‘Back in Black’, quando o vocalista ainda era o Bon Scott e a sonoridade era um rock mais “clássico”. ‘Powerage’ é meu álbum favorito da banda, e as faixas Riff Raff e Kicked In The Teeth valem demais o confere!
– Bon Jovi – “Keep The Faith” (1992)
Bon Jovi é uma das minhas bandas favoritas e esse álbum, para mim, é o suprassumo dos caras! Depois dos quatro primeiros, eles atingiram uma maturidade técnica incrível, passaram a escrever faixas com teor mais “crítico”, e todos os membros estavam em plena forma quando gravaram esse trabalho. Destaque para “Dry County”, com quase 10 minutos de progressão e um solo de guitarra invejável, e “Keep The Faith”, minha favorita nas performances ao vivo da banda!
– Keane – “Under The Iron Sea” (2006)
Conheci a banda através deste disco, que ganhei de presente de um professor de inglês no amigo secreto da turma. Ele tinha acabado de ser lançado e, por incrível que pareça, eu ainda não conhecia a “Somewhere Only We Know”, que é a música mais famosa deles. De lá pra cá, o Keane foi se tornando uma das minhas bandas favoritas, e uma das coisas que mais acho interessante é o fato deles usarem teclado/sintetizador como elemento principal da banda, ao invés da tradicional guitarra (que não faz parte do setup). Destaque para “Is It Any Wonder?” e “Leaving So Soon?”.
– Led Zeppelin – “IV” (1971)
Não tem uma faixa sequer nesse álbum que eu ache menos do que ótima! [rs] Esse é o meu álbum favorito do Led Zeppelin, mas não tanto pela “Stairway To Heaven”. Essa track é sensacional também, mas minhas favoritas são “Black Dog” e “Rock and Roll”.
– Linkin Park – “Hybrid Theory” (2000)
Qualquer criança/adolescente que foi roqueira nos anos 2000 muito provavelmente é fã de Linkin Park, e comigo não foi diferente! [rs] Nesse álbum, sou bem clichezão mesmo, e minhas faixas preferidas são “In The End” e “Crawling”.
– Motörhead – “Ace of Spades” (1980)
Primeiro nome mais pesadão da lista até agora, costumo ouvir esse álbum nas sextas, final de tarde, abrindo a primeira cerveja geladinha, pra dar aquela desestressada. A faixa título, “Ace of Spades” é a minha favorita.
– Nirvana – “MTV Unplugged in New York” (1994)
Esse álbum é especial para mim pois, ao contrário da maioria das bandas, que costuma gravar acústicos com suas faixas mais famosas, no caso do Nirvana, eles abriram mão disso para tocar, na maioria, as menos conhecidas e alguns covers de outros artistas. Minha faixa favorita aqui é a “The Man Who Sold The World”, que na verdade é um cover do David Bowie, e tem uma linha de baixo que harmoniza perfeitamente com os vocais.
– Rage Against The Machine – “Rage Against The Machine” (1992)
Álbum carregado de guitarras distorcidas, músicas de protesto e que trouxe o “Rap Metal” em seu mais puro estado. É meu álbum favorito da banda, e a música “Killing In The Name” traz riffs de guitarra e baixo icônicos, com destaque para as mudanças de vibe que rolam durante a música. Por isso, quis trazer um pouco dessa pegada para o bootleg que fiz, utilizando principalmente o riff do baixo como o hook da minha releitura.
– The Black Keys – “El Camino” (2011)
Gosto muito quando bandas fazem um rock moderno inspirado na estética do blues, para mim, é como se fosse uma evolução direta daquele rock and roll que surgiu nos anos 1950. Por esse motivo, os Black Keys estão entre minhas bandas favoritas, e apesar de gostar muito de todos os trabalhos deles, “El Camino” merece ser destacado, pois todas as faixas são incrivelmente bem-produzidas. Não consigo destacar nenhuma mais do que as outras aqui, mas vou escolher “Gold On The Ceiling” porque foi a música que me fez conhecer a banda e me apaixonar pelo som dos caras.
– The Doors – “Morrison Hotel” (1970)
Para fechar com chave de ouro, não poderia escolher outra banda. The Doors também é uma das minhas favoritas, e acho que o “Morrison Hotel” é um dos álbuns que mais gosto de ouvir por inteiro, em sequência, e sem interrupções. Aqui o destaque vai para “Roadhouse Blues” e “Spy”, mas é difícil de verdade escolher alguma das 11 faixas para ser minha favorita.
– BÔNUS: Depeche Mode – “Ultra” (1997)
Apesar de normalmente ser enquadrado como uma banda de synthpop, Depeche sempre flertou bastante com o rock, especialmente durante a década de 1990, e esse é o álbum que mais se aproximou do estilo. Destaque para Useless, um “rockzão” de primeira!