Por assessoria
Foto de abertura: divulgação
Imagine você ter um projeto de música eletrônica, e logo no segundo lançamento oficial, emplacar uma collab com um expoente do seu cenário e receber suporte de grandes nomes internacionais. Pois é o que aconteceu com o Feels Apart.
Fundado em 2021 por Gustavo Keppk e Murilo Dallal, o duo paulistano lançou “Khanyisa” ao lado de Soldera e com os vocais do cantor, compositor e produtor sul-africano Sazi Cele no último dia 28.
O single, que chegou pela londrina Aluku Records, rapidamente caiu no gosto de nomes como Apache, Arodes, AWEN, Bedouin, Keinemusik, Klement Bonelli e Pippi Ciez, elevando rapidamente o Feels Apart a outro patamar.
Na esteira desse grande sucesso recente, batemos um papo rápido com a dupla.
HM: Como vocês se conheceram, e por que decidiram lançar o Feels Apart?
Murilo Dallal: Nos tornamos amigos quando estávamos na época de escola e começamos a frequentar as mesmas festas/baladas aqui em São Paulo, e sempre compartilhando bons momentos.
Com o passar dos anos, nos afastamos, e em 2020, ao nos reencontrarmos, vimos que continuávamos com os mesmos gostos musicais, e ambos com trajetórias na música separadamente. A partir de então, foi natural que em algum momento nos juntássemos.
HM: O afro house é o carro-chefe de vocês? Como surgiu a paixão pelo estilo?
Gustavo Keppk: Nos apaixonamos pelo afro house após algumas experiências no exterior. Vimos que existia um toque de brasilidade que nos cativou e que, em algum momento, chegaria com força ao Brasil.
Podemos dizer que o gênero é a nossa principal inspiração, pelos grooves envolventes e percussões marcantes. Porém, gostamos de, através do nosso set, fazer uma viagem dentro dos nossos gostos musicais acerca do house e suas demais vertentes.
HM: Falem mais sobre como rolaram as parcerias com o Soldera e com o Sazi Cele. Por que as escolhas por esses artistas?
Murilo: Eu frequentava bastante a época da Anzu e estava sempre vendo o Soldera na Pistinha. Sentia que tinha uma conexão legal com seu público e curtia muito suas apresentações. Quando fiquei sabendo que ele também estava tendo algumas inspirações no afro, foi natural que quisesse ter a oportunidade de trabalhar com ele.
Com relação ao Sazi, nós estamos sempre em busca de artistas africanos para trabalharmos juntos, e em uma dessas pesquisas, ouvimos o vocal dele e de cara nos apaixonamos. Ele conhecia alguns dos nossos contatos do continente, rapidamente criamos laços e a parceria rolou muito fluida.
HM: Agora a responsabilidade só aumentou, não é mesmo? Quais os próximos passos do Feels Apart?
Gustavo: Com certeza! Com a repercussão positiva e os suportes incríveis que tivemos, a régua fica mais alta, mas esse é o combustível para trabalharmos todos os dias com o intuito de trazer produções cada vez melhores e com a nossa personalidade.
Já temos diversas outras produções autorais a caminho e collabs com artistas reconhecidos na cena, e estamos muito ansiosos para essa nova etapa.