Coluna House Mag Academy: conheça melhor o tech house, gênero mais popular do Beatport

Por Bruno Machado 

Foto de abertura: divulgação

Na coluna da semana passada, nós te contamos que, em 2021, o tech house foi, pelo terceiro ano seguido, o gênero mais popular do Beatport, seguido pelo house, melodic house & techno e techno (peak time/driving).

Como ele é o queridinho do público atual, hoje nós vamos focar um pouco mais neste gênero. Vamos te contar onde e como ele surgiu, quem foram os produtores mais importantes para seu desenvolvimento como estilo, e como ele evoluiu até se tornar a vertente mainstream da atualidade.

Para conhecer melhor o tech house, é só acompanhar a House Mag Academy: continue a leitura abaixo!

O que é tech house?

Como seu próprio nome sugere, o tech house é o resultado da mistura do techno com o house. Mas, o que exatamente isso significa? Quais foram os elementos extraídos de cada lado?

Basicamente, os timbres de bateria e os grooves de baixo costumam vir do techno, enquanto os vocais e melodias têm mais relação com o house. Mas, isso não é uma regra.

Entre os gêneros da atualidade, o tech house está entre os mais fáceis de se reconhecer. Uma vez que você conhece uma track como sendo de tech house, você logo passa a entender como a dinâmica funciona e passa a ser capaz de identificar sempre.

Tome como exemplo a track “Set U Free”, de Guz, que foi a música mais popular do Beatport no ano passado!

Quando este gênero surgiu?

Para quem gosta de saber a história dos seus estilos favoritos, a boa notícia é que o tech house tem uma origem muito bem documentada. E há algo curioso sobre seus primórdios: quando nasceu, o tech house não era um estilo de produção, mas, sim, de discotecagem.

Em meio à cena underground do Reino Unido nos anos 90, um dia, o DJ e produtor Eddie Richards, que fazia parte do movimento mais voltado para o acid house, pegou uma fita cassete em que um lado tinha a marcação “house” e o outro, “techno”. Foi daí que a ideia veio.

Eddie Richards e, posteriormente, outros DJs da mesma cena britânica, começou a misturar o techno e o house em seus sets, criando um som único para a época. Quem criou o nome do estilo foi Mr. C, um outro DJ da mesma cena que tocava nos mesmos clubes que Richards.

Deste momento em diante, o underground europeu abraçou o estilo, e ali começou o crescimento do subgênero que, mais de 20 anos depois, viria a conquistar o mundo inteiro e se tornar um dos maiores fenômenos que a dance music já testemunhou.

Poucos anos depois do surgimento do tech house como discotecagem, veio o tech house como produção. A música “Housey Doingz”, de Gobstopper, é tida como uma das primeiras tracks do estilo.

Como o tech house decolou para o mainstream?

Como citamos, o tech house era, originalmente, um movimento underground. Foram-se décadas até que ele se tornasse o gigante que é hoje. E o crescimento foi um verdadeiro “trabalho de formiguinhas”.

Após o nascimento no Reino Unido da década de 1990, veio o amadurecimento nos Estados Unidos dos anos 2000. Gravadoras como a Dirtybird, localizada na Costa Oeste, foram responsáveis pelo começo da popularização do gênero.

A comercialização que o tech house sofreu, tornando-o um som mais direcionado para as massas, foi o primeiro passo do crescimento em popularidade. Já na década passada, o tech house foi ganhando influências de cada vez mais estilos, começando a ficar com a cara conhecida de hoje.

O som que melhor representa o tech house no início do seu auge de popularidade é o de Fisher, um dos artistas mais importantes no processo de popularização.

Todos esses fatores, aliados à lacuna deixada pelo big room (último queridinho do mainstream da dance music) em meados de 2016, fizeram o tech house ganhar espaço nos grandes festivais. Hoje, ele é o maior subgênero do mundo.

E você, já conhecia alguma etapa da ascensão do tech house? Caso tenha gostado de conhecer melhor sua história e queira continuar recebendo este tipo de informação, saiba que nós temos uma coluna semanal por aqui.

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