Confira a exclusiva de Shai T, Israelense que desembarcará como headliner no Garden do Warung

Por assessoria

Foto de abertura: divulgação

Shai T vem se destacando nos últimos 5 anos por estar constantemente no topo do beatport dentro do estilo Organic House, além de ganhar cada pista que passa com sua excelente capacidade de construir e surpreender em seus DJs sets.

-Olá Shai T, tudo bem?

Olá! Eu estou bem e espero que você também esteja. Feliz por estar a falando com você novamente e, claro, super empolgado com minha volta ao templo no Warung Beach Club.

-Na próxima semana você chega ao Brasil para mais uma apresentação no Garden no Warung. Você chegou a pegar o antigo Garden, depois o novo, e agora está de volta nesta fase de reconstrução do clube. A curadoria do Templo escolheu com muito cuidado os nomes que estão sendo protagonistas neste momento delicado, como é fazer parte disso e receber tamanha responsabilidade?

Como mencionado acima, estou realmente muito animado para voltar ao Warung. Cada vez que toquei lá foi especial, mas desta vez ainda mais. Eu deveria ter me apresentado em maio, e me lembro de mandar mensagens para um dos proprietários que é como um irmão para mim, discutindo a nova data e confirmando, e cerca de uma hora depois, vi no Instagram os Storys que mostravam o clube queimado – fiquei chocado. Então, para mim, ser chamado novamente para o clube sendo Headliner, principalmente neste período, é um grande respeito e uma grande responsabilidade!

-Além de um grande público no Brasil, você tem se apresentado constantemente em toda a América do Sul. O continente está no topo da sua agenda hoje?

Estou me apresentando em todo o mundo, mas definitivamente diria que a América do Sul é meu território favorito para se apresentar e que sempre fico muito feliz em voltar. Acho que a combinação do tipo de público latino, sua energia e seu amor pela música cria uma conexão muito forte entre com o artista.

Além disso, o fato de que nesses países existe uma cultura musical real, que torna tudo mais fácil e divertido para mim, já que meu estilo musical não é principalmente uma música “eletrônica fria”, mas música que tem melodias e “sentimentos”.

-Qual a principal diferença que você nota no público sul-americano em relação ao europeu ou asiático?

Os europeus geralmente ficam “mostrando” menos seu amor e paixão pela música ou pelos artistas… eles são mais rígidos de certa forma, mas isso pode ser diferente de país para país dentro da Europa. É a mesma coisa na Ásia, alguns países são menos comunicativos, enquanto outros, como Índia e Sri Lanka PPL, vão enlouquecer e dar ao artista uma vibração incrível. Nos países da América do Sul, normalmente o público estará com você do primeiro ao último Beat, dedicando-se à música e à energia, que é a experiência mais incrível que um artista pode ter no palco.

-Você lançou muita música nos últimos anos e agora está colhendo os frutos com uma agenda lotada de turnês. Como continuar produzindo em meio a tantas viagens? Você é um daqueles produtores que pode fazer música no quarto de hotel ou precisa estar no estúdio?

Essa pode ser uma das questões mais difíceis para um produtor / Dj em turnê. Antes de começar a fazer tantas turnês, a maior parte do meu tempo era passada no estúdio, produzindo novas músicas. Mas desde que eu entrei em muitas turnês, me vi incapaz de criar novas músicas no mesmo ritmo que costumava fazer. Na verdade, eu passei mais de 6 meses em que não consegui produzir nada, já que entrava e saía de casa o tempo todo. Meio que perdi minha criatividade por um período de tempo, então agora estou tentando encontrar o equilíbrio entre as turnês e o tempo para estar em casa e criar música.

Eu tentei produzir música com um laptop em hotéis e nas estradas, mas eu acho que funciona menos para mim pessoalmente.

-Você está preparando um novo lançamento na consagrada All Day I Dream. Fale mais sobre esse novo EP.

Sim, é verdade, estou lançando uma nova faixa muito em breve pela gravadora ADID, o que me deixa feliz, e estou feliz por estar de volta à gravadora depois de uma longa pausa. É uma faixa de muita “summer open air vibe” e já foi suportada por muitos grandes nomes da indústria. O lançamento deve ocorrer no final de agosto, portanto, deve estar próximo quando esta estrevista for publicada. Posso também mencionar que acabei de assinar um novo Collab Ep com um artista que amo muito, que sairá por uma gravadora muito boa e importante, um pouco mais no fim deste ano.

-Vimos recentemente novos casos na internet de produtores usando ”Ghost Productions” para fazer suas músicas. Como você viu isso? Você acredita que o produtor precisa dominar todas as técnicas da produção musical moderna, ou vale a pena usar parcerias para algumas questões técnicas, como a sonorização?

Isso se tornou muito comum em nossa indústria há muitos anos. No começo eu ficava muito aborrecido e chateado com as pessoas que usam esse método, mas agora estou menos preocupado com isso. Meu ponto de vista é que a música é uma verdadeira arte, e se você quer ser chamado de produtor musical, você deve ser capaz de fazer sua música sozinho, o que significa, pelo menos, escrevê-la tecnicamente. A mixagem é outra fase, e que posso entender quando alguns artistas pedem “Mix people” para fazer isso por eles (eu faço minhas próprias mixagens para minhas faixas). A masterização geralmente é feita por um Técnico de Masterização, o que é algo muito comum e normal na indústria. No final das contas, já estamos dentro de uma época em que infelizmente as pessoas não se importam se o artista está realmente por trás da música ou apenas por trás de boas plataformas de mídia social, o que para mim é triste, mas você não pode lutar contra como as coisas funcionam, você pode apenas fazer por si mesmo o que acredita.

Foto: divulgação

-Seu principal estilo, o Organic House virou tendência mundial com dayparty’s e tem grande adesão do público mais jovem da cena. Porém, sinto que às vezes DJs desse estilo se sentem presos no mesmo ritmo e em longsets às vezes acaba ficando muito repetitivo. Como você vê essa questão onde o produtor abre mão do próprio estilo e faz variações no set, talvez aumentando o ritmo para algo mais progressivo house?

Posso responder por mim mesmo e dizer que nunca me coloquei em nenhum gênero específico, pois estou sempre misturando diferentes gêneros durante meus Dj sets, que geralmente estão entre Organic House, Progressive House, Tech House e Deep House. Acho mais interessante não só para o público, mas também para mim como Dj, já que estou me descobrindo “Viajando” no mundo da House music, e pegando as “Jóias” que gosto e com as quais me conecto de cada estilo. É bom ter seu “próprio som” como produtor e DJ, mas isso não significa que você tenha que se limitar a um gênero apenas durante seus sets de DJ.

-Você sempre gosta de tocar músicas antigas durante seus shows. Podemos esperar um pouco de ‘’clássicas’’ na próxima sexta-feira?

Jonas… você já me conhece o suficiente para responder a essa pergunta sozinho, não? hahah. Claro que vou jogar alguns clássicos, pois acho muito revigorante e também uma grande diversão para mim enquanto estou tocando.

-Obrigadooo!

?Obrigado a você e ao incrível e belo público brasileiro – Ansioso para vê-lo.

Deixe um comentário

Fique por dentro