Por Cesar Nardini
Foto de abertura: divulgação
Natural de Bento Gonçalves, no interior do Rio Grande do Sul, o DJ e produtor de 22 anos conhecido como Beltran, é um dos nomes que tiveram destaque dentro da cena na última semana com suportes de Jamie Jones e Michael Bibi.
Num jogo rápido de perguntas e respostas exclusivo com a House Mag, Beltran contou um pouco sobre seu caminho até os dias de hoje.
HM – Como foi seu início na música? Qual foi o momento que você decidiu que era isso o que você realmente queria?
Desde muito cedo, sempre fui envolvido com computação e despertei uma curiosidade gigantesca sobre como as coisas funcionavam “por baixo dos panos”. É impossível estudar computação sem se deparar com o mundo da música eletrônica, o que acabou ganhando muita da minha atenção.
Trabalho tanto com computação quanto com música desde 2016, sinto que ambas áreas estão fortemente conectadas e não me vejo fazendo outra coisa.
Foto: divulgação
HM – Como foi seu caminho e as influências/referências que você teve até alcançar sua identidade sonora atual?
Sempre busquei criar algo fora do padrão, algo que eu realmente acreditasse. Desta forma, os artistas com que eu mais me identifiquei e continuo me identificando são os que produzem a arte puramente, algo extremamente orgânico, algo que não é possível encontrar em qualquer lugar. Acredito que o mais difícil tenha sido entender qual seria minha identidade sonora, pois sempre que eu pensava sobre, não conseguia expressá-la nas músicas. Até o momento que entendi que minha personalidade nas tracks só aconteciam quando eu produzia me divertindo, de maneira natural.
HM – Na vida do produtor musical, alcançar os grandes selos é uma das partes mais difíceis. Como foi pra você ter duas tracks assinadas pela CUFF?
Foi, com certeza, uma grande virada de chave. Na época em que minha track “Basement” foi aceita pela CUFF eu estava em um período extremamente difícil como artista, pois não estava sentindo que minhas tracks estavam no nível dos produtores que eu acompanhava. Um fato interessante sobre este som é que os vocais da track (gravados por mim) conseguiram expressar exatamente o que eu queria passar. Por isso, ter recebido o “sim“ como resposta do Amine Edge foi uma grande conquista pessoal para mim.
HM – Sobre o suporte que recebeu de Jamie Jones e Michael Bibi, qual track é essa? Já foi lançada? Qual o caminho que seguiu para que rolasse esse suporte? E qual sensação de ter duas lendas tocando uma música sua?
Ainda está sendo difícil de acreditar que isso está acontecendo, pois fazem três anos que praticamente todo mês eu envio promos para artistas que admiro, entre eles, o próprio Bibi. Está sendo uma grande realização pessoal, estou extremamente feliz pelas mensagens positivas e de pessoas do mundo todo perguntando sobre a track.
A track em questão chama-se “Smack Yo”, e ainda não tenho informações sobre seu lançamento.
HM – Quais próximos planos você já pode contar sobre seu projeto?
Minha meta agora é alcançar outras labels que tenho grande carinho, e continuar produzindo. Além de estar focado na Basement, label party gaúcha que tenho a honra de ser residente.
Anota esse nome e acompanha nas redes:
https://soundcloud.com/listenbeltran
https://www.instagram.com/eusoubeltran/