Por Lu Serrano
Foto de abertura: divulgação
Caio Cenci é o tipo de produtor que nasceu em berço musical, com contato direto com a música desde cedo. Não é à toa que, aos 16 anos, acaba de emplacar uma houseira pela gravadora do Kolombo e LouLou Players, a Loulou Records.
“Aos sete anos comecei aula de guitarra. Logo após, fiz aula de musicalização, e aos 11 anos me interessei pela música eletrônica ouvindo sets do David Guetta, Dimitri Vegas e toda essa galera que estava bombando na época. Nunca fiz por hobby ou brincadeira, mesmo novo já tinha um objetivo futuro”, conta Caio.
Foto: divulgação
Reflexo disso é uma das suas principais características na hora de produzir, uma apurada musicalidade e a habilidade em aliar sons orgânicos à música eletrônica na criação de suas músicas e sets. “Baixei o Fl Studio e comecei a pirar, pouco tempo depois migrei para o Live e com 12 anos comecei as aulas de piano, foi ali que eu realmente entrei de cabeça, e estou produzindo até hoje com 16”, comenta Caio que tocou pela primeira vez este ano, em um pub da sua cidade natal, Farroupilha, no Rio Grande do Sul, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.
Fran Bortolossi e Caio Cenci – Foto: divulgação
A sua primeira gig teve apoio de Fran Bortolossi, que apadrinhou Caio desde seu primeiro EP, lançado em 2020, “The One”. “Não tinha a mínima ideia que lançaria pela Loulou Records. A primeira vez só mandei a música para o Fran para ele dar um feedback e depois seguir adiante, porém ele curtiu e deu tudo certo! Ele mandou para o LouLou que imediatamente também gostou e já marcamos meu primeiro lançamento. Após isso, `peguei a mão` da gravadora e emplaquei mais dois releases por eles, sendo outro EP, “These Times”, e esse meu último single, “Forget`”, explica.
Para Caio, “Forget” transmite um tom de descoberta, “como se alguém com uma bicicleta explorasse novas cidades e horizontes”. Um house clássico, com piano e baixo tocados, uma bateria percussiva e suave, além de um vocal que percorre toda a faixa com elegância. “Estava ouvindo um set do Mousse T. e tive um insight para a track, peguei o teclado e comecei a criar. Uma curiosidade é que gravei o piano e o baixo apenas uma vez e deixei como ficou, não usei quantize, 100% humano”, revela.
Muito dessa inspiração na hora de produzir vem de referências não só como Mousse T., mas Horse Meat Disco, The Shapeshifters, Daft Punk, Purple Disco Machine, David Morales, Frankie Knuckles, Louie Vega, DJ Spen, Yuksek e David Penn. Indo além, porque ouvidos ecléticos são capazes de criações surpreendentes, Caio ainda cita Jamiroquai, Madonna, David Bowie, Bootsy Collins, Tim Maia, Depeche Mode, Tom Petty, Stevie Wonder, MGMT, Earth Wind and Fire, Kool & The Gang e Cerrone. Lista de gente grande, não é?
E todo esse background traz a identidade bem formada dentro da mente e do corpo do produtor brazuca. “Eu defino meu som como bem musical e cheio de energia, onde eu procuro juntar o máximo de instrumentos orgânicos com o eletrônico, eu gosto de música tocada, e quero ouvir música tocada em minhas produções também”, afirma.
Com a cabeça borbulhando em novas ideias e sonhos, como o desejo de se apresentar no Brasil e em países que têm foco no seu estilo que mergulha pela disco music e house music, Caio tem cerca de cinco collabs com “big names” e uma série de lançamentos prontos para decolar e ajudar a impulsioná-lo nessas conquistas que incluem Printworks, Mambo, Pacha e o tão sonhado Defected Croácia.
Vamos ficar de olhos bem abertos para conferir os próximos passos de Caio Cenci e, se fossemos você, acompanharíamos o DJ e produtor em seu perfil no Instagram.