Por Adriano Canestri
Foto: divulgação
Natural de São Francisco, nos Estados Unidos, Goa Gil integrou o movimento hippie logo na adolescência e em 1969 aos 18 anos deixou seu país de origem rumo a uma viagem espiritual na Índia.
Foi aí que teve seu primeiro contato com a música eletrônica e se apaixonou logo de cara. Segundo ele era ‘’combinação perfeita entre ritmos tribais do passado e sons futuristas, sintetizados, quase alienígenas. A música tornou-se um ciclo completo, do tribalismo ao cyber tribalismo o que traduz de forma perfeita os tempos atuais. Quando toco, toda a música e a comunhão que dela deriva devem elevar-se ao espírito cósmico. Isto era o que os antigos xamãs e grupos tribais de todo o mundo faziam em tempos remotos. Eu me limito a atualizá-lo.’’
Em determinado momento de sua carreira ainda na Índia Gil começou a aprender sobre o yoga, e então teve a ideia de juntá-la com a música eletrônica. Dessa mistura surgiram os rituais que ele fazia, que tinha o objetivo de fazer as pessoas se conectarem com seu interior e sentirem o seu corpo enquanto estavam dançando em um estado de transe. Esse foi o nascimento do que conhecemos hoje como Goa Trance.
O Goa Trance envolve elementos tribais, da natureza e da cultura oriental, que juntos harmonizam em uma experiência sensitiva com o interior e a natureza enquanto as pessoas dançam. A época de ouro desse movimento e dos rituais foi nos anos 90, quando as festas ocorriam sempre em noite de lua cheia e podiam chegar até a 24h de duração.
Goa Gil já fez um ritual no Universo Paralello na edição de 2017/2018. O momento foi a cerimônia de abertura do 303 Stage. A última apresentação dele no Brasil foi no Rio Grande do Sul em 30 de novembro de 2019.
Descanse em paz!