Por redação
Foto de abertura: Beto Garcia
Slow Motion, a alcunha artística de Kaynã Reis, é uma das novas estrelas do circuito eletrônico nacional. O produtor, que ainda jovem já viu seu trabalho estourar ao lado dos gigantes Vintage Culture, Illusionize e Gabe, hoje já se consolida no mercado como um artista muito experiente e sempre com alguma novidade para compartilhar.
Entre lançamentos que atingiram as icônicas Bunny Tiger, Spinnin’ Records e Astralwerks, que incluem os sucessos “Drinkee” e “Slow Down”, Slow Motion tem seu nome estampado junto a ícones como ZHU, Fisher, Marshmello e Chris Lake, reafirmando o poder que seus hits vem exercendo sobre o público.
Misturando os beats do house com uma boa potência de grooves e basslines, o produtor agora estreia um novo remix para a faixa “Forbidden” de Dwson e Sio, lançada pela Create Music Group. Conversamos com o artista para saber um pouco mais sobre seu momento atual de carreira, conhecer mais detalhes sobre seus últimos lançamentos, os segredos do sucesso e outros detalhes. Drink na mão? É hora da leitura!
HM – Kaynã, tudo bem? Você hoje é um dos grandes nomes da música eletrônica nacional, como você analisa sua jornada até aqui? Lá atrás, quando você começou, entre 2013 e 2014, você imaginava que a sua carreira alcançaria esse sucesso que você desfruta hoje? Você sonhava com isso?
Sempre fiz pelo prazer a boa música, isso me motiva e sempre irá me motivar. Costumo dizer que uma carreira artística é uma maratona e não uma corrida de 100 metros, já vivi muitos momentos desde que iniciei, mas procuro não refletir muito sobre o passado, agora é momento de focar em resultados futuros e continuar o trabalho de uma maneira sólida e consistente.
HM – A primeira grande virada em sua carreira veio com o remix que você produziu ao lado de Vintage Culture para “Drinkee”, de Sofi Tukker; posteriormente com o remix de “Slow Down”. Quais ensinamentos essas collabs e todo esse sucesso trouxe para você?
Aprendi que quando a música toca os corações e é capaz de gerar bons sentimentos no público, ela ultrapassa barreiras e, assim, tudo acontece naturalmente, nenhuma estratégia de marketing supera a boa música. As pessoas estão em busca de momentos e é isso procuro gerar isso para meus fãs.
HM – No fim do ano passado você estreou pelo catálogo da gigante Astralwerks tendo seu nome estampado junto aos figurões ZHU, Fisher, Marshmello e Chris Lake. Como rolou essa conexão e qual foi a sensação de ver seu trabalho em um dos catálogos mais aclamados do circuito mundial?
A Slow Down foi um grande case do mercado fonográfico e procurei aproveitar da melhor maneira as possibilidades que ela me proporcionou. Estar nessa posição é uma grande honra, dividir espaço com os grandes artistas mundiais e com a possibilidade de trabalhar em grandes projetos é algo que sou extremamente grato, mas estamos apenas começando, há muito trabalho a ser feito.
HM – Grande parte dos seus lançamentos alcançaram rapidamente o topo das paradas musicais, podemos dizer que você é um hit maker. Você tem uma receita especial na hora de produzir, já visando a performance, ou esse resultado vem de forma mais inesperada?
Como falei antes, é algo natural e não há fórmulas para criar um grande hit, só o público tem o poder de determinar isso, busco ter boas referências e procuro produções que gerem sentimentos nos ouvintes. Música é sentimento.
HM – Agora falando do seu mais novo remix para a faixa “Forbidden”, de Dwson e Sio, qual ideia você procurou construir nessa releitura? O que ela tem de diferente dos seus outros lançamentos?
Eu ouvia ela na versão original e sentia que precisava de uma pegada mais pista. Foi um pouco difícil mexer devido a qualidade, mas resolvi baixar e fiz em cima de sua base e gostei muito de seu resultado. Cada música tem seus diferenciais, acredito que essa possui um sentimento muito forte gerado pelas melodias a pelo vocal da incrível da Sio.
Foto: Beto Garcia
HM – Você costuma usar algum hardware ou software em especial? Algum deles tem se tornado marca registrada das suas tracks?
Utilizo o básico, Ableton e plug in SYLETH e MASSIVE. E a guitarra que está sempre presente em minhas músicas.
HM – Sua assinatura se debruça sob as esferas do house, trazendo sempre um groove muito característico. Tem alguma outra vertente ou estética que te fascina, mas que você ainda não teve a oportunidade de explorar em seu trabalho?
Gostaria de produzir algo relacionado a sonoridade do Kaytranada (buscar referências sobre a característica deste sonoridade possa descrevê-la) é algo que escuto e é muito diferente e gostoso de ouvir.
HM – Como você tem se preparado para esse retorno dos eventos? Alguma novidade pra compartilhar?
Utilizei a pandemia para estruturar toda equipe e deixar alinhado tudo o que é necessário para o bom andamento do trabalho. Foi um período de aprendizado pra mim e meus colegas de profissão, pude aperfeiçoar minhas técnicas de produção e estudar mais sobre alguns instrumentos. Além claro dar continuidade na construção do meu catálogo, em breve vocês poderão acompanhar meus próximos lançamentos.
HM – Por fim, um recado pra quem chegou até aqui e é fã do teu trabalho, Slow. Parabéns e obrigado pelo papo!
Para quem realmente acredita em mim que continue me acompanhando porque tem muita coisa por vir e espero surpreender a todos.