Por Rodrigo Airaf
Foto: divulgação
Há pouco mais de um ano, o cenário brasileiro de música eletrônica passou a conhecer a visão sonora de Gabriel Brasil. O jovem DJ e produtor não poupou originalidade e expertise técnica, fruto de sua dedicação extrema no estúdio. “Midnight Meeting”, seu primeiro lançamento, foi direto para a D.O.C. Records, do Gui Boratto, e deixou clara a aptidão de Gabriel para um estilo voraz de se fazer melódico. Atualmente, o artista promove “Angled”, um resultado ainda mais pisteiro de suas experimentações no estúdio.
Adepto da qualidade ao invés da quantidade, os lançamentos que Gabriel fez desde que se inaugurou como persona artística já deram muita vazão ao seu talento. Passar pelo crivo de Gui Boratto não deve ser tarefa fácil, dada a relevância de um dos maiores artistas que temos. Denotando o potencial de Gabriel Brasil, Boratto cuidou de “apadrinhá-lo” na sua label e apoiou seu novo lançamento no Tomorrowland Brasil e no The Town – este ao lado de ninguém menos que Darren Emerson, ex-membro do Underworld.
“‘Midnight Meeting’ foi feita durante a pandemia e era mais introspectiva, mais melódica. Acho que com o retorno das festas, as minhas músicas têm ido para um lado mais pista, e é o caso da ‘Angled'”, conta Gabriel. De fato, ‘Angled’ reforça a maturidade artística precoce a qual Gabriel atingiu. É um som que entrega muito, dentro de suas poucas camadas de bateria e uma atmosfera ruidosa discreta por baixo de uma linha de synth que vai sendo dinamizada em loop ao longo da track.
“Desde o começo da track foi um processo fluido. A primeira versão foi feita consideravelmente rápido, dois dias antes da minha apresentação no D.Edge, com a intenção de abrir o meu set com ela. O Gui se deparou com um vídeo meu mexendo nela e pediu na mesma hora pra ouvir a faixa completa”, relembra Gabriel, sobre seu processo com “Angled”.
Nesse período entre “Midnight Meeting” e “Angled”, Gabriel também se dedicou ao lançamento da sua própria label, The Vanguard, pilotada ao lado do colega brasileiro de cena, Jackson. “Oxygen” e sua atmosfera “melódico-tropical” foi o resultado desta colaboração que inaugurou o selo.
“Estou no estúdio todos os dias, acordo direto pro estúdio e muitas vezes dá praticamente uma música nova por dia, até que uma em cada 10 tracks acaba ficando muito foda. Venho tentando me encontrar com pessoas diferentes no estúdio também, fazendo jam sessions. Isso me ajuda muito a crescer”, comenta Gabriel. Abaixo, uma dessas sessões criativas, ao lado de Thomas Reichenheim.
Gabriel Brasil também levou o seu Live Act poderoso até outras fronteiras. Ele retornou de uma maratona de apresentações no Amsterdam Dance Event, a maior conferência de dance music do mundo. Pisou no icônico club OT301, que é palco de grandes DJs do underground e também do Boiler Room. Além disso, se apresentou no showcase da UAM Manager e na festa do coletivo It’s Boogie House.
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