Por redação
Foto de abertura: Fabio Nunes Teixeira
A partir do dia 1º de setembro, eventos com capacidade superior a 500 pessoas na cidade de São Paulo deverão exigir o passaporte da vacina, de acordo com decreto publicado no sábado, 28, pelo prefeito Ricardo Nunes. No Rio, a apresentação do comprovante será necessária em locais de uso coletivo, como academias, estádios, cinemas, teatros, museus, convenções e conferências.
De acordo com publicação do Correio Braziliense, o prefeito da capital carioca, Eduardo Paes, informou durante a divulgação do Boletim Epidemiológico da cidade que o passaporte é importante para a reabertura da economia e, por isso, quer incentivar a vacinação. “Nosso objetivo é criar um ambiente difícil para aqueles que não querem se vacinar, que acham que vão se proteger sem a aplicação do imunizante e terão uma vida normal. Não terão. Vão ter dificuldades na hora de ter uma cirurgia eletiva, um programa de transferência de renda, e estarão impossibilitadas de terem lazer e trabalho sem se vacinar”.
No Rio, a comprovação poderá ser realizada pela plataforma ConecteSUS ou com o comprovante físico. Já o passaporte da vacina adotado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo funcionará por meio do aplicativo e-saúdeSP, que tem download gratuito em celulares iOS ou Android, ou mediante apresentação da caderneta de vacinação, e oferece um QR Code com informações sobre a “situação vacinal” do cidadão.
Em ambas capitais que adotarão as novas medidas a partir desta quarta-feira, 1º, a campanha de vacinação contra a Covid-19 já chegou aos jovens de 15 a 17 anos com comorbidades.
Para publicação da CNN Brasil, o infectologista Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), explicou que o passaporte da vacina deve ser associado ao quadro epidemiológico no país e à medidas como uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos.
“Agora que estamos flexibilizando é um momento ainda de atenção por causa da variante Delta, que é mais transmissível, se fizermos alguma coisa para tentar diminuir as chances de transmissão nesses locais que potencialmente têm uma transmissão maior da doença, é bem-vindo. A questão é como isso vai ser feito logisticamente, se vai ter fiscalização. Na prática, é difícil fazer esse tipo de controle”, explicou ao portal CNN Brasil.