Redação
Foto de abertura: Oliya Scootercaster
No último domingo, 27, um grupo de ativistas climáticos do grupo Seven Circles pararam o trânsito na estrada principal que leva ao Burning Man. Os manifestantes hastearam um trailer que ocupou as duas faixas, bloqueando a passagem dos veículos.
O Burning Man tem raízes anarquistas e contraculturais, diferentemente de um festival tradicional. Nele, os próprios frequentadores montam a estrutura, levam sua comida, bebida e até sua ‘’casa’’ durante os dias em que ficam na Black Rock City, local onde ocorre o festival.
O motivo do protesto, segundo o The Guardian, é contra o próprio festival e seu público. “O Burning Man atrai a elite das elites para festejar e fingir que está em uma sociedade sem classe e sem dinheiro”, disse Tommy Diacono, cofundador da Rave Revolution – uma organização que visa combater a desigualdade social e as crises climáticas. “Mas, mais jatos particulares do que nunca estão voando para o Burn. Estamos queimando propano por diversão. As cúpulas com ar condicionado estão ficando maiores a cada ano.”
Entre a lista de exigências dos ativistas está um apelo para “proibir jatos particulares, plásticos de uso único, queima desnecessária de propano e uso ilimitado de geradores per capita no evento de nove dias em Black Rock City, Nevada”.
A polícia precisou intervir na situação para que o trânsito fosse liberado, porém os revolucionários não desmontaram a estrutura nem se dispersaram, o que levou os oficiais a imobilizar e algemar alguns deles. Após alguns minutos, com a estrada livre novamente, os Burners puderam seguir caminho rumo ao festival.