Adriano Canestri
Quem gosta de ouvir música no dia a dia sabe o poder que ela tem sob nosso humor, por exemplo, nos ajudando a melhorar aquele dia estressante e deixando o fim do dia mais leve e alegre. A capacidade que ela tem de nos fazer relacionar com outras pessoas. E a música pode ser usada como um processo terapêutico também, por meio da musicoterapia, que tem espaço de atuação desde crianças até idosos.
Segundo o site Qualicorp a musicoterapia envolve entender os padrões de compreensão consciente da pessoa que está em tratamento. (…) É misturando corpo, voz e instrumentos musicais que um musicoterapeuta ajuda um paciente na comunicação, na aprendizagem e na expressão. Ao trabalhar estes três aspectos, o profissional busca atender as necessidades cognitivas, mentais, emocionais, sociais e também físicas do paciente, o que estimula processos de cura ou melhora de doenças.
Nesse sentido, a musicoterapia pode ser aplicada individualmente ou em grupo e durante as sessões o(s) indivíduo(s) cantam, dançam, tocam instrumentos.
De acordo com a World Federation of Music Therapy (2007), os benefícios da musicoterapia são:
- Melhoria de Comportamentos Sociais
- Expressão Emocional
- Aumento de Autoconfiança
- Melhoria de Habilidades Motoras Grossas e Finas
- Facilitar Relaxamento
- Apoio Emocional em Relação a Perdas
- Aumento de Concentração
Para pacientes com dificuldades na interação com o mundo, sejam crianças, adultos ou idosos, é um excelente meio para quebrar as barreiras, se conectar com outros pacientes e perder a timidez. A música permite que você se expresse livremente e veja outras pessoas fazendo o mesmo que você. Seja na dança com deixando seu corpo livre, no canto melhorando sua fala e a comunicação com as pessoas ou tocando instrumentos e se sentindo importante, melhorando sua autoestima.
Crianças com dificuldades no desenvolvimento de algumas habilidades motoras ou alguém que passou por um acidente e precisa recuperar algum movimento, por exemplo, podem buscar na musicoterapia uma ajuda significativa. Primeiramente, ao ouvir música o humor melhora, o ambiente fica mais leve, diferentemente de uma clínica de fisioterapia ou uma sala de hospital. Segundo, as batidas e o ritmo ajudam a se soltar e tentar os movimentos que estão limitados, tornando mais fácil o tratamento.
A musicoterapia no processo de aprendizagem é muito enriquecedora e ajuda muitos pais que não conseguem pelas vias mais tradicionais resolver problemas de foco, agitação, concentração e memorização em seus filhos. Estudos apontam que a música ajuda em todos estes aspectos citados potencializando o estudo de crianças desde mais novos, e pode ser utilizada em casa. Primeiro a criança relaxa, depois a concentra, foca e a memoriza o conteúdo.
Além de tudo que já foi citado, este processo pode ser utilizado em casos mais sérios, de diagnósticos como doenças cardíacas e neurológicas.
Você sabia que ouvir música pode melhorar as frequências cardíaca e respiratória, além da pressão sanguínea em pacientes com Doença Arterial Coronária? Pois é o que indica um estudo feito pela Organização Mundial Da Saúde.
A musicoterapia também pode servir de apoio a pacientes com AVC, demência, autismo, amnésia, alzheimer, devido a todos os benefícios citados na matéria.
Cada dia mais, a música se mostra um instrumento necessário em nossas vidas, em todas suas camadas. Como diz o ditado: sem música a vida não faria sentido.