Você, com certeza, tem uma referência de DJ mulher

Por Lu Serrano 

Foto de abertura: divulgação

Você já parou para pensar que para chegar onde você está, outras pessoas batalharam muito? E, mesmo que de forma indireta, contribuíram para que você se posicionasse no lugar que ocupa hoje? Não que você já não possa ser mais pioneiro porque chegou atrasado na linha do tempo, mas, em um passado, houve muito trabalho para proporcionar esse espaço.

Lá, em 1960, Sônia Abreu abria as portas para mulheres dentro de um universo na época totalmente masculino. Sonia, é considerada a primeira DJ brasileira e embalou muitas histórias no tempo em que exercia sua profissão/paixão na rádio Excelsior, atual CBN; 89 FM, Brasil 2000, Rádio USP e Rádio Globo, só para citar alguns locais.

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Sônia Abreu – Foto: divulgação

De lá pra cá, dezenas de mulheres se espelharam em Sônia e se tornaram novas referências para novas gerações.

Ekanta, “mãe do trance”, inspirou e inspira DJanes há mais de 20 anos. ANNA, DJ e produtora, levou o techno brasileiro para o mundo, sendo, hoje, uma das principais representantes do nosso país na música eletrônica. Eli Iwasa, DJ, produtora, empresária, podemos dizer, visionária, tem uma trajetória extremamente importante dentro da cena brazuca e que proporcionou conquistas próprias e para outras mulheres por meio de seus projetos.

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Ekanta – Foto: divulgação

Você deve conhecer a DJ Cinara, bicampeã no Red Bull 3Stile Brasil Champion, ou Ella de Vuonno, vencedora do Burn DJ Residency. E a Aline Rocha, que vem se consolidando dentro uma das principais labels de house music, a Defected Records?


Podemos citar a jovem Carola, primeira mulher a lançar na STMPD Records e confirmada para o Tomorrowland Bélgica, eleita, também, uma das artistas mundiais para se ficar de olho pelo próprio festival.

A história se repete em diferentes gêneros musicais e fora dos limites nacionais. A lista é grande, e as referências, também. Agora, você entende o motivo da frase “não existe mulher DJ”, que tanto repercutiu nesta semana, ter soado egocêntrico e ter gerado um movimento de apontamento para a estranheza que provoca em um momento no qual as mulheres têm aparecido mais, se imposto mais, se unido mais, se fortalecendo dia-a-dia a partir das suas referências.

Quem diz não ter referência não é único ou inédito, provavelmente, ainda não encontrou o seu caminho que passa, sem dúvidas, passa pelo do outro.  

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