WhoMadeWho dá spoiler sobre novo álbum em entrevista para a House Mag

Por Breno Loschi

Foto de abertura: divulgação

WhoMadeWho é uma das bandas underground mais importantes de sua geração. O trio dinamarquês composto desde 2003 por Tomas Høffding, Tomas Barfod e Jeppe Kjellberg, tem seis álbuns já lançados e com o próximo marcado para esta sexta-feira, dia 27 de maio, pela gravadora alemã Embassy One. O disco “UUUU” contém quatro singles já publicados: “Mermaids”, “Summer”, “Silence & Secrets” e “UUUU”.

Uma sonoridade diferente dos demais será algo encontrado nessa obra e um dos motivos foi a colaboração de um quarto elemento, chamado Rampa. O produtor alemão e co-fundador do Keinemusik ajudou o trio dentro do estúdio, adicionando sua experiência musical às produções.

O grupo WhoMadeWho, que não vinha ao Brasil desde 2009, fez uma apresentação na edição de 20 anos do festival Tribe, no dia 14 de maio, e conseguimos ter uma breve conversa com eles, onde nos contaram um pouco mais sobre seu novo álbum. Confira!

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Foto: divulgação

HM – Qual a maior diferença sonora do álbum “UUUU” dos demais? O que podemos esperar dele?

Acho que a maior diferença deste álbum para o anterior é que fizemos uma colaboração com um cara alemão chamado Rampa. Ele fez parte de todo o processo, ele teve um tipo de impacto com sua estética e seu jeito de ser. Então, ele nos empurrou para novas direções. Eu acho que ele deu um sabor especial. No álbum, essa é a principal diferença.

HM – Vocês comentaram que o Rampa ajudou vocês no estúdio. Como ele foi importante para vocês na produção do álbum?

Tivemos uma banda há muitos anos, então, temos nossos papéis e nossa dinâmica juntos. Foi muito bom tê-lo no estúdio também, porque ele estava vendo de fora os problemas e as coisas boas. Então, as vezes ele estava nos empurrando para uma direção, o que foi bom para nós, outras vezes, ele falava: “não, isso não é bom”.

Então, foi muito mais fácil, porque tínhamos essa quarta pessoa que nos ajudou a navegar e a fazer coisas ótimas. E, também, porque quando fazemos música, nós fazemos muitas coisas diferentes, como sintetizar, adicionar vocais, todas essas coisas, e todos nós amamos, e não queremos excluí-las. Mas, ele falava: “corte isso, corte aquilo”. Depois que ele limpou tudo, vimos que ficava muito melhor. É tipo uma abordagem alemã.

HM – Quando eu assisti o show de vocês pela Cercle, me deu uma sensação de que eu estava ouvindo Pink Floyd. Vocês se inspiram em bandas fora do eletrônico?

Pink Floyd é uma referência muito importante, porque para nós, é uma grande inspiração. Fizemos alguns shows no Burning Man, nos inspiramos tanto nessa vibe e no deserto, como ser mais trippy, mais psicodélico, na verdade. Então, estou muito feliz que você está comparando com a parte psicodélica do Pink Floyd. Nós viemos de diferentes origens musicais, então, as inspirações são enormes.

HM – Qual a diferença no setlist de vocês quando se apresentam live e DJ set?

A maior diferença é que podemos tocar por cinco horas se quisermos, e podemos ir em todas as direções. Podemos ir do hard para o disco, tanto faz. Mas, a verdade, é que nos apegamos às nossas próprias músicas, obviamente, e temos esse set mais estruturado (live) e estamos construindo muito mais. Nós vamos trazer muitos instrumentos e visuais agora, porque queremos tornar o nosso live muito mais especial.


HM – Vocês acompanham o som daqui? Tem algum produtor brasileiro que vocês gostam?

Eu gosto muito do old school, cresci ouvindo isso, gosto de Hermeto Pascoal, João Gilberto, esse tipo de coisa, e Gui Boratto.

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