Por Cesar Nardini
Foto de abertura: Fabrizio Pepe
Com certeza, 2022 foi um ano no qual Mochakk viu o seu nome decolar, tocando nas mais hypadas festas, festivais e clubes ao redor do globo. Além disso, dividiu palco com grandes nomes da música eletrônica mundial, ídolos para milhares de fãs, inclusive, para o próprio Pedro Maia aka Mochakk.
E tudo indica que 2023 seguirá essa crescente na carreira do produtor, que emplacou, logo de cara, duas importantes estreias em icônicos clubes brasileiros. As apresentações no D-Edge e Warung Beach Club só reforçaram o que o resto do mundo já admira, um repertório excepcional, digno de uma pesquisa musical singular e uma presença artística marcante. ”Cara acho que essas estreias foram muito significativas pra mim, muito pelo que representa de chegar nesses espaços lendários da cena e de poder tocar para públicos que eu sempre sonhei e almejei muito. O Warung eu sempre acompanhei a distância, só tive a oportunidade de ir pra lá pela primeira vez no ano passado para curtir, no dia que o Seth Troxler tocou. Foi muito maneiro! E o D-Edge, frequentei há alguns anos por ser perto de casa. Foi um clube que mudou minha cabeça em relação ao som e a cultura, me abriu muito a cabeça!”, conta o produtor.
Recentemente, Mochakk foi alvo de críticas ao ser anunciado nos line ups desses clubes brasileiros, porém, respondeu na prática, e com muita música, os motivos de ter ganhado tanto espaço na cena mundial. “Tocar nesses espaços também foi um negócio que me deu muita segurança recentemente. Depois das polêmicas que rolaram com os anúncios nesses espaços, ver que eu me esforcei, fiz meu dever de casa, e entreguei sets bem legais onde consegui conduzir a pista construindo um raciocínio legal entre as músicas, passeando por várias linhas que curto, fazer boas mixagens e levar meu gosto pro público. Perceber a reação positiva da pista foi algo que me deu muita segurança. Toquei bastante coisa, teve house, teve minimal, teve techno, teve tech house, teve deep house.
Com mais essas importantes conquistas em seu projeto, convidamos o artista para falar um pouco sobre essas experiências e, de bônus, um review de algumas tracks marcantes que rolaram nesses sets. “Separei algumas tracks que marcaram pra galera curtir em casa, o set do D-Edge já está disponível no meu SoundCloud, o do Warung vai ser postado logo logo”, completa. Play!
Primeira parada: Warung Beach Club
“Impression”- ANNA
“Começa com esse arpeggio lindo e tem uma intro longa que me permitiu fazer uma mixagem mais extensa e criar um momento ali pra abrir o set no Warung!”
“Momma’s Groove (Jimpster Hip Replacement Mix)” – Osunlade
“Deep house clássico, aquele groovezao hipnótico, quando entra o tema de sax sempre faz a galera fazer uma caretinha [rs]”.
“Duster – Kevin Over”
“Uma das minhas descobertas favoritas da pandemia, track sexy demais, esse vocal parece que está atrás do ventilador. Muito brabo!”
Segunda parada: D-Edge
“Warp” – Weiss UK
“Adoro o primeiro break dessa track, sempre dá pra fazer uma mixagem legal e faz uma chamada muito doida para o beatzão agressivo sujeira que ela tem!”
“Guess What” – Dam Swindle
“Esse vocal chamando o beat e caindo loopado é insano, chama demaaaaaaais, housera braba”.
“Reverterio” – DJ Glen, Zac
“Track sinistra, essa é uma porrada pra tirar da cartola, infalível”.
E aí? Anotou todas as tracks? A sonzeira literalmente foi garantida para quem colou nesses rolês. Mas, se você não foi, ou se foi e quer ouvir de novo, o link do set do D-Edge já está disponível. Em breve, o do Warung estará on-line!