Que Israel é um dos grandes pontos da música eletrônica no mundo, já sabemos. E dentro daquela cena tão pulsante está a rica visão artística de T-Puse, codinome de Omer Gani. O DJ e produtor já conta com mais de 15 anos de estrada. Ele começou cedo: aos 12 anos estudava discotecagem, aos 13 já tinha feito sua primeira apresentação e, nos anos seguintes, dedicou-se à produção musical e ao seu instrumento-chave, o saz (ou bağlama), que é um instrumento tradicional do Oriente Médio. Ele também toca piano e baixo.
“Na minha juventude eu fiz experimentações com todos os tipos de música. Era importante para mim explorar de tudo porque eu sempre me senti fascinado por tipos diferentes de música. Até hoje eu sinto a necessidade de explorar direções não-convencionais no meu trabalho”, conta o artista.
Então, quando falamos em trabalho de estúdio, T-Puse é um dos craques do jogo. Ele conta com lançamentos em labels como Sol Selectas, 3000Grad, Bar25 e A Tribe Called Kotori. Não é difícil identificar a estética “alchemy tech” em suas produções, cada uma com sua particularidade: o downtempo hipnótico de tracks como “Ambiance of Life” e “Udumbara“; o house étnico enigmático de “Al Aqrab” e “Fellas Together” e o clima clubber de “About Dancing” e “Court Jester“…
“Eu sempre produzo a partir de onde estou emocionalmente e sempre busco despertar um sentimento de explosão emocional nas pessoas. É por isso que eu faço música em diversos tons e ritmos. E o sentimento de imperfeição, aos meus olhos, é a própria perfeição. Isso faz você pensar e contar a si mesmo toda uma história, e eu amo melodias encapsuladas em grooves orgânicos e harmônicos”, T-Puse comenta.
Ao ser perguntado sobre quais seriam as três palavras que podem resumir seu trabalho, T-Puse é catégorico: “groove, vida e alma”. E dá para captar um pouco dessa energia assistindo a uma de suas apresentações no showcase da sua label, a Ursul Records. A ideia geral, para T-Puse, é priorizar uma dinâmica entre as escolhas de repertório. Cada “humor musical” será contemplado, desde house mais nomádico até o indie dance mais psicodélico – e este modo de operar reflete-se, é claro, em sua curadoria na label.
“A Ursul foi criada por um desejo de trazer algo refrescante e genuinamente nosso ao jogo, no nível de música, design e eventos. Não há muitas lables com o nosso estilo de som, mas por outro lado, sempre recebemos grandes reações do público à nossa música”, conta T-Puse. Alguns artistas-destaque na Ursul Records são Angata, Mishell, Ben Lipshitz, Oi e Mosko (IL).
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Por redação