Hoje, Ibiza é provavelmente o destino dos sonhos para os aficionados por música eletrônica. A ilha é um paraíso de grandes clubs, mas há 51 anos, em 1973, não era bem assim quando o espanhol Ricardo Urgell abriu o Pacha Ibiza.
Na época, a ilha era um local muito procurado por refugiados de guerras como o Vietnã, pessoas que buscavam refúgio do regime autoritário da Ditadura Franquista, e claro, também era um destino boêmio, mas nada comparado ao que se tornou alguns anos depois. A ilha ainda era bastante rural e recebia celebridades em momentos livres.
Quando foi inaugurado, o club não era necessariamente focado em música eletrônica. O house de Chicago era muito presente, assim como o reggae, disco, funk. Com capacidade para 3000 pessoas, o objetivo de Urgell era simular uma fazenda característica da região.
Acima de tudo, a Pacha era um local de muito glamour em Ibiza e ficou muito famoso por isso. Era o destino da elite para curtir férias, finais de semana e feriados na Ilha Branca.
O sucesso da casa foi tanto que a marca começou a se expandir por diversos países do mundo. Alemanha, Inglaterra, Argentina, Estados Unidos entre outros. No Brasil, a Pacha teve mais de uma sede. Em Campinas, São Paulo, Florianópolis e Búzios no Rio de Janeiro, mas todas já fecharam. Na década de 90, quando abriu sua primeira franquia aqui foi muito importante para o crescimento da música eletrônica, uma vez que trazia DJs de renome internacional.
Em 2024, o club segue bastante relevante e está a todo vapor no verão europeu com grandes residências.
Segundas: Pacha Presents – são noites de curadoria da equipe da Pacha com grandes nomes
Terças: Camelphat
Quartas: Bedouin
Quinta: Robin Schulz
Sextas: Music On by Marco Carola
Sábados: Flower Power – a tradicional festa das flores, que faz homenagem às origens do club
Domingos: Solomun
Inclusive, a brasileira Anitta fará dois shows no club nos dias 01 e 08 de julho pela sua turnê Baile Funk Experience.
Todos esses fatores, importância na época que foi criado e seu pioneirismo na ilha de Ibiza, tornam a Pacha um espaço histórico para nós amantes da dance music, além de ainda ser um espaço que trabalhe com outros gêneros musicais levando diversidade para a ilha que quase todo o tempo está dominada pela música eletrônica.
Por Adriano Canestri